O Raku surgiu no Japão no século XVI e sempre foi ligado ao cerimonial do chá. Seu nome significa 'felicidade e prazer'. Quando o Japão perdeu a guerra, foi obrigado a abrir suas portas para o Ocidente e os primeiros ceramistas a entrarem no país se apaixonaram por esse cerimonial de queima, que até então era desconhecido por eles. Um dos motivos para esta paixão instantânea talvez seja a proximidade que o ceramista trabalha com o fogo.
Uma das grandes ‘vantagens’ do Raku é que o processo de queima é bem mais rápido, levando cerca de 2h e possibilitando ver o resultado rapidamente. As peças são retiradas do forno ainda incandescentes (com o esmalte no ponto de fusão) e são colocadas num recipiente com tampa contendo serragem, folhas ou outros materiais, que dão as mais diversas colorações por meio da oxidação e redução.
Sendo assim, o resultado final é obtido fora do forno e dentro da serragem ou do outro material combustível. O Raku tem passado por várias transformações desde que saiu do Japão. Antes usando apenas nas peças da cerimônia do chá, atualmente dá origem à peças decorativas.
Diversos países contribuíram para alterações na queima, surgindo algumas novas vertentes como o Raku Nú, (Naked Raku), o Horse Hair (queimado com crinas de cavalo, lã de carneiro, penas, etc) e os Rakus Metálicos (com óxidos em grandes quantidades). O Ateliê Tauá Cerâmica vem se dedicando e trabalhando numa marca brasileira para esta técnica, agregando um pouco da cultura e dos elementos locais.